A comissão de inquérito independente criada para apurar os acontecimentos da Argélia que envolvem os Mambas, vai entregar amanhã, quarta-feira, o relatório à Secretaria de Estado do Desporto. Os intervenientes directos já foram ouvidos pela comissão liderada por Pedro Sinai Nhatitima.
Um mês após a Secretaria de Estado do Desporto ter constituído a comissão de inquérito para apurar os factos que ocorreram na Argélia durante o CHAN, os resultados estão prestes a serem conhecidos.
É que a fase de investigação, audição e compilação de dados terminou e a comissão de inquérito independente já concluiu o inquérito.
Assim, o órgão independente vai entregar, esta quarta-feira, o relatório detalhado do caso à Secretaria de Estado do Desporto, entidade que pretende ver esclarecido o assunto, não fosse por isso que tenha reunido a Federação Moçambicana de Futebol e os dirigentes que acompanharam os Mambas no CHAN da Argélia.
Presidida por Pedro Sinai Nhatitima, a referida comissão ouviu vários intervenientes que estiveram em Argel, entre jogadores, com destaque para os cinco líderes e que foram visados como os protagonistas do caso pela Federação, e por isso terem sido suspensos e depois levantada a suspensão, nomeadamente Isac, Telinho, ambos capitães, Chico, Shaquile e Kito, seleccionador nacional, Chiquinho Conde, e os seus adjuntos, Eduardo Jumisse e Victor Matine, além de dirigentes, entre eles Feizal Sidat, Hilário Madeira, Sidónio Chavisse, entre outros intervenientes, tendo em vista garantir maior imparcialidade.
Entretanto, o “O País” sabe que durante a entrega do relatório, acto que vai ter lugar na Secretaria de Estado do Desporto, às 11 horas de amanhã, a comissão vai abordar alguns aspectos importantes que constam do mesmo à imprensa.
Recorde-se que a Federação Moçambicana de Futebol decidiu extinguir a comissão de inquérito que havia criado, com a mesma missão de investigar os casos de Argélia.
Na capital argelina, os Mambas reclamaram a divisão da premiação dos 400 mil dólares que a Federação Moçambicana de Futebol recebeu pela passagem aos quartos-de-final do CHAN, em 60% para a delegação e 40% para a Casa do Futebol.
Sem acordo, recorde-se, os jogadores recusaram-se a abandonar o hotel no dia da partida de regresso ao país, depois de terem sido afastados pela Madagáscar nos quartos-de-final, em reivindicação ao facto de a FMF não ter respondido positivamente às suas reclamações.
O órgão que gere o futebol moçambicano teve que usar da persuasão para trazer os jogadores de volta a Maputo, com promessa de uma negociação em relação à divisão do prémio, facto que não ocorreu já em solo pátrio.
A comissão de inquérito independente assumiu, no início das suas actividades, que não buscava culpados e nem se colocaria num lado em detrimento do outro, mas chegar aos factos e produzir soluções para que situações similares não voltem a acontecer com nenhuma outra federação ou associação.
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